quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Canto da Lua Cheia - Parte III

Depositei a rosa na lápide branca e fiquei parado, sentindo o vento açoitar meu corpo. Eu não passava de um fantasma. Eu não era nada além de um...

Maldito.

— Deus... Oh, Deus... — engasguei, o vômito subindo pela garganta e me fazendo cambalear. — Meu Deus, aqui não, por favor...

A Coisa começara. Não pararia, apenas pioraria. Lembro quando tinha sido a vez de Jon. Ele chegara até a sujar as calças com a força da transformação percorrendo seu corpo na potência máxima. Bem, não tinha nenhuma calça extra na minha moto e eu não pretendia bancar o cara que não tem controle sobre o próprio intestino. Seria deprimente demais, sem contar que vergonhoso (e orgulho eu tinha de sobra).

— Tudo bem — acalmou-me uma voz suave, tão baixa que parecia ter sido o vento nos meus ouvidos — Não vai ser aqui, Tommy...

Nana? — não reconheci a mim mesmo falando. Parecia que estava prestes a ter um infarto ou coisa parecida. Rasguei minha blusa sem pestanejar, buscando um alívio para o calor fervente em meu peito que chegava a sufocar. — Nana é você?

A voz riu delicadamente, mesmo assim parecia extremamente infeliz. Como se ao mesmo tempo em que a vida lhe presenteasse com uma rosa perfumada, esta apenas machucaria seus dedos com espinhos selvagens.

— Você é só um transmorfo, Tommy... Caso fosse um vidente...

— Alguém me avisaria? — cortei-a rispidamente — Puxa, mil perdões, mas sabe, ninguém me avisou da primeira vez!

— Eu sei. Ninguém nunca avisa. Acho que é o procedimento padrão.

— Procedimento padrão pra quê?

— Pra ver todo mundo se ferrar, oras! — a voz pareceu mais melancólica ainda — Você está ferrado, Tommy.

— Eu não tinha nem reparado, obrigado mesmo por avisar! Você foi a primeira pessoa que fez isso...

— Tommy... — um soluço. Um soluço e um arquejo sufocado. — Vai ter a canção... No final tem sempre uma canção...

— Canção? Que canção? — resolvi arriscar um palpite:

— Vô? Vô Alexandre? É o senhor? Vô...

— Não. Não é ele.

— Quem é você? Que canção é essa?

— Eu não sei quem eu sou. Eles roubaram quem eu sou, Tommy. E vão fazer o mesmo com todos os outros que forem como eu e você... Eles e a garota. Aquela maldita garota... — respondeu cuidadosamente a voz, seu tom ganhando toques de um ódio antigo, alimentado por maus tratos e torturas psicológicas. — Mas quanto a canção... A canção é a coisa mais linda que você vai ouvir no final de tudo isso...

— Como você sabe?

— Eu não sei. Não se pode ter certeza de nada quando eu me envolvo nos outros planos. Nesse caso, só posso dizer que você vai ouvir a canção...

“Da Lua?”, tive vontade de perguntar. “A canção da Lua?”

Entretanto, já desmaiara.

***

Alguma coisa realmente gelada e doce acertou a minha cara. Abri os olhos assustado, olhando em volta sem enxergar. Tudo parecia embaçado.

— Viu? — comentou casualmente uma voz desafinada — Eu falei que ele acordaria...

Pisquei e percebi que diante de mim encontrava-se uma criatura pálida, ruiva e com sardas espalhadas por toda a cara sacana.

Frequentemente zoávamos Cristal e Tina (por causa dos animais em que se metamorfoseavam, você sabe), mas no caso de Cristal havia um prazer extra: a chamávamos de “Cópia da La Roux” (a cantora, conhece? Bem, é para os desinformados que serve o Google...) por causa do jeitão andrógino e que tinha algo de curiosamente masculino...

— E aí, seu viado?! — ela berrou na minha cara alegremente, como era de seu costume. — Não vai levantar não?! A minha Coca-Cola já era por tua causa...

— Tacou Coca-Cola em mim? — questionei debilmente, o pensamento de que eu havia desmaiado no meio do cemitério nem me passou pela cabeça. — Merda, essa era a minha blusa nova do Iron Maiden, sua vadia!

— Querido! — Cristal atirou-se em meus braços quando consegui pôr-me de pé graças à ajuda de Will e Pedro (todo o grupo estava ali, pelo visto - exceto Jon). Segurando-a, confirmei que não passava de pele, osso e... músculos tão sarados quanto os meus. — Eu já disse pra você não usar esse apelido carinhoso enquanto não estamos sós... — só pra me irritar mais ainda, ela lambeu meu rosto do queixo até o olho direito — Eu posso ficar excitada...

Aaaaargh! — joguei-a para a irmã (ela que aturasse o encosto). Cobrindo a cara com as mãos, exclamei sarcasticamente:

Socorro! Me tragam lenços umedecidos, por que eu fui lambido pelo filhote do Sétimo Passageiro! Aaaaahhhh!!!!!!!!! Estou ficando cego, estou ficando cego...

A gargalhada foi geral e pela expressão de Cristal, pude perceber que ela não havia gostado da brincadeira. Deu um soco bem forte no meu braço, resmungando se eu ia rir daquele jeito caso perdesse as bolas. Abri a boca para dar um belo retorno (provavelmente algo sobre como ela poderia usá-las em sua operação de mudança de sexo) quando a vertigem atingiu-me novamente, e todos os integrantes da gang voaram ao mesmo tempo na minha direção, ajudando-me a manter-me erguido.

— Certo, chega de babaquice — Pedro anunciou nervoso. — Will e Gaby: me ajudem a levar o Tom pra fora daqui. Neo, vai na frente e aproveita pra esquentar o motor da perua...

— Se é que já não rebocaram aquela lata-velha. — Tina disse irritada, que era o melhor jeito de demonstrar que ou a) ela estava na TPM ou b) ela estava nervosa por um dos integrantes da gang estar quase parindo um filho na sua frente. Alguma coisa me diz que é pela segunda opção...

— O simples fato daquela merda ainda existir merece uma multa... — concordou Filha-de-La-Roux-com-o-Sétimo-Passegeiro, mais calma que a irmã. Aquela menina parecia fumar crack pelo jeito meio tapado que apresentava nos momentos mais inoportunos.

— Puta e Sapatão, — Pedro não gostava que falassem mal da perua dele, como você pode notar — façam algo que preste além de balançar suas bundinhas por aí e se metamorfoseiem para ver se tudo está pronto para o ritual.

— Sem problema, senhor Ulley!

Cristal bateu continência e saiu puxando a irmã mais velha (e Tina possuía uma cara que dizia sem palavras que ia arrancar a cabeça do chefe quando as coisas se acalmassem), deixando-nos sozinhos.

— Quem é Ulley? — Neo perguntou, coçando a cabeça.

— É o líder dos lobisomens da saga Crepúsculo... — explicou Will ainda me segurando.

Do meu lado esquerdo, Pedro franziu a testa, comentando:

— “Saga Crepúsculo”?

— É, cara! Aquela que tem a garota à fim do vampiro... No segundo livro é que o Sam Ulley aparece, ele é quem lidera o bando dos lobisomens... Tipo, ele é o fodão-mor até que aparece o Jacob Black e...

— Ownnnn!!!! — fiz cinicamente, tentando não colocar meus rins pra fora — Eu não sabia que mais alguém gostava de Crepúsculo além de mim! Será que as moças não gostariam de um refrigerante ou um biscoitinho enquanto lêem uma matéria que eu tenho bem aqui no bolso sobre o batom que o Robert Pattinson usa nos filmes?!

Todos eles coraram ao mesmo tempo e murmuram desculpas; Gaby, Will e Pedro ajudando-me a sair do labirinto de lápides enquanto Neo ia tentar ligar a velha perua roxa e enferrujada.

__***__

— Merda, Pedro! — exclamou Will dando tapas fortes no rosto do rapaz incrivelmente pálido que era seu melhor amigo. — ELE DESMAIOU!

— Droga!

O jovem loiro girou o volante abruptamente, fazendo a perua cantar pneu e deixar uma marca escura bem no canto da estrada; havia uma curva ali e ele não prestara atenção nisso com todo o stress daquela situação a enlouquecer sua mente.

— Will... — Neo estava apertando a mão de Gaby por entre as suas, parecendo realmente apavorado. — E se ele...

— Cala a boca, Neo! — o amante dele sussurrou, abraçando-o com força. — Cala essa sua droga de boca...

— E se ele o quê, Neo?

O mundo pareceu estremecer ao redor do garoto negro de apenas 17 anos. Porcaria, o rosto de Tom encontrava-se extremamente gelado, quase como um iceberg... A respiração era suave demais e as batidas do coração soavam muito baixas... Era difícil até mesmo para ele, um excelente Rastreador, conseguir ouvi-las...

“Eu não posso te perder, cara”, ele pensava com lágrimas malcomportadas escorrendo por suas bochechas escuras. “Não, Tom... Você não pode morrer, seu cretino!”

— Will... — o olhar de Neo ficou mais sombrio. Todos sabiam o que ele era capaz de fazer, o que era capaz de pressentir... — E se o Tom morrer?

O silêncio foi mortal. Pareceu zombar de cada um dos integrantes da suposta “gang” como um velho rival zomba de seu inimigo derrotado e estúpido. A morte estava sentada no banco do carona olhando por cima do ombro, medindo aquele sujeito horrivelmente alto e pálido, como se pensasse consigo mesma qual seria o tamanho adequado para seu caixão...

— Ele não pode morrer.

Perceba, cara criança, que esse digníssimo rapaz não falou: “Ele não vai morrer” e sim “Ele não pode morrer”. Como se fosse uma escolha! Como se não fosse algo que, no final, ninguém pudesse interferir. Sabe, é tão fácil ignorar a verdade. É uma tarefa tão fácil para os humanos, mas aqueles meninos não eram humanos... E aquela frase, aquela infantil frase não os consolou de forma alguma.

— O Tom nunca ia deixar a gente, tá me entendendo!? — Will berrou, apertando mais o amigo em seus braços. Os lábios de Tomas começavam a ficar roxos, os olhos remexiam-se por detrás das pálpebras como um homem entrando em convulsão. — Ele vai passar pela porra do ritual, vai se tornar um de nós de uma vez por todas e vai... Ele vai...

Silêncio.

Soluços.

Desespero...

— Deus... — Pedro murmurou, lágrimas escorrendo de seus olhos, sem impedi-lo de, no entanto, acelerar ainda mais, fazendo o motor da perua atingir seu limite —... por que faz isso conosco?

Boa pergunta... Eu realmente não sei te responder, criança...

__***__

— Sara, o que você está fazendo?

— Nada.

— Como assim, “nada”? Sara, você está...

— Só estou lendo!

— “À Espera de Um Milagre”?

— Você tem algo contra Stephen King?

— Não, claro que não...

— Então me deixe em paz... O senhor Edgecombe está prendendo o maldito Percy na sala acolchoada e eu não quero perder um minuto disso...

— Sara...

— ... O que foi, Sara?

— Você sabe que seu propósito de existência é inútil, não sabe? Sabe que enquanto permanecermos aqui, nossa existência infinita é desprovida de propósito compreensível, não é?

— Claro que sei, Sara.

— Que bom, Sara. Então levante seu traseiro dessa droga de cadeira e vá até a despensa... Tem uma coisinha que você precisa fazer.

— Mas, Sara...

— Chega de desculpas, Sara! Vá logo até a despensa enquanto aqueles malditos “enfermeiros” não vêm aqui te dar a droga do remédio que te deixa parecendo...

— Um indivíduo que realmente sofre de problemas mentais?

— Agradeço por sempre me completar, Sara.

— Não tem de que, Sara... Sara?

— O que foi?

— Eu te amo.

— Eu também...

__***__

O velho Antonio levantou a cabeça do chão sujo de terra e olhou para trás, na direção do dono do bar. O filho da mãe negara-se a lhe dar outro copo de cerveja e ainda por cima tinha expulsado-o de lá de dentro, alegando que aquele estabelecimento era um ambiente familiar, que não queria estragá-lo com a presença de ébrios que palavra bonita para designar bebum.

Mas afinal, desde quando boteco é ambiente pra família?!

Ele ergueu-se com certa dificuldade, a barriga protuberante pesando para frente, fazendo-o desequilibrar-se a princípio.

Pensou nos filhos. Nos três. Jonas, Tomas e Juliana. Juliana já se fora, coitadinha, para o Céu. Havia se tornado um anjinho ao lado do Senhor. Não tivera tempo de ser corrompida por aquela maldição que assolara os homens da família por gerações seguidas. Ele, Antonio, pensara estar seguro da maldição quando percebera não ser dotado das mesmas “habilidades” que seu irmão mais novo. Os filhos também estariam salvos, assim sendo. Mas não foram. Os três, Santo Deus. Por que não apenas Tomas, que sempre fora o mais estranho deles? Jonas era seu mais velho, seu orgulho, o garoto que ficava com todas as meninas da cidade, o garoto que jogava futebol aos domingos, o garoto de quem todos gostavam por causa do jeito brincalhão... Juliana era sua princesinha, sua jóia rara, uma pequena pérola frágil como a mãe em meio aquela família de homens abrutalhados, uma flor naquela pântano imundo... Mas Deus havia punido seus dois preferidos. O primeiro era um assassino, que o Senhor o perdoasse, mas era dessa forma que via alguém capaz de matar cinco pessoas sem pestanejar e ainda criar coragem para dizer que foi “um acidentezinho”. Tivera durante certo tempo a teoria de que as más companhias com quem Jonas andava (e que futuramente Tomas também andaria) o tivessem deixado daquela forma. Mas isso passara e ele percebera que a maldição destruíra seu filho. Da mesma forma que matara sua jóia rara.

Mas e Tomas? Tomas, O Estranho? Tomas, O Introvertido? Tomas, O Taciturno? Tomas, O Grandalhão Que Não Ria, Mas Sim Rosnava? Por que não apenas Tomas? Tomas que seria considerado aquela noite, oficialmente, como um dos monstros?

A esposa sempre protegera o filho do meio, aquela desgraçada. Sempre passara a mão naquela cabecinha monstruosamente pálida. Antonio desconfiava que como aqueles dois sujeitos que faziam parte da “gang”, Tomas fosse gay. Por que outro motivo, afinal, ele usaria aquele cabelo de viado que ia quase nas costas? Além do mais, ele nunca o vira dar em cima da ruiva peituda que andava junto com os rapazes (a irmã da que parecia uma sapatona). Como seria o nome dela? Tânia? Taís? Ah, de que importava saber o nome dela se sua boca estaria ocupada fazendo um bom sexo oral? Com toda certeza aqueles pensamentos não haviam passado pela cabeça do garoto.

Ele preferia agarrar sujeitos peludos e suados em uma lona num galpão de quinta ao invés de se esfregar com as colegas de classe atrás da escola como o irmão mais velho fazia quando tinha sua idade. Ele preferia ficar sozinho no telhado ouvindo música do que fazer sexo. Não, Tomas definitivamente não tinha nada de normal. Não trepava com garotas, não fumava, não bebia, nem se drogava! Não que ele achasse isso um sinal ruim, mas o garoto não dava sinal de ser um adolescente comum como qualquer outro! E aquela menina magrela e caolha com quem ele vivia pra cima e pra baixo? Na certa era sua melhor amiguinha, com quem confidenciava seu desejo por esse ou aquele boxeador.

Antonio balançou a cabeça; Tomas era a maior decepção de todas.

Ele tocou o cabo do revólver que comprara no dia anterior, sentindo-o por baixo da camisa, na parte de trás da calça.

Em breve, daria fim ao seu desgosto. E seria naquela noite mesmo.

Cambaleante, foi seguindo pela estrada de terra.

__***__

Mia olhou pela enésima vez a janela. Conferiu o que seu relógio já a avisara: o sol havia se posto há pelo menos dez minutos, derramando seus raios pelo horizonte como se fossem faixas de glória sendo desfeitas e que não retornariam jamais para presentear os simples mortais com seu brilho acolhedor. Ela sabia, entretanto, que o sol voltaria a nascer, que aquele pensamento de uma noite eterna era ridículo.

— É isso o que dar ver aquele “30 Dias de Noite”, garota... — balbuciou consigo mesma e calou-se, pois lembrara-se do rapaz pálido que fora seu primeiro amigo em Cascata de Lágrimas.

Aquele rapaz mais velho que andava meio curvado por causa de sua altura muito acima da média; que parecia sempre incrivelmente sério e distante; que de vez em quando concedia à ela (e somente à ela) um sorriso verdadeiro repleto de timidez. Os olhos azuis daquele rapaz a haviam pego de jeito desde o primeiro instante em que se falaram. Havia amado perdidamente ele, seu “primeiro amor de adolescência”, por assim dizer. O tipo que parece eterno na hora, mas depois percebe-se que nunca foi nada além de uma paixonite... Mas Mia estava vivendo aquilo agora, naquele momento. E naquele momento, Tomas era seu amor e ela precisava ajudá-lo.

Ele falara sobre esquartejamento e morte, sol se pondo... Tudo parecia parte daquele filme de vampiros que ele a obrigara a assistir depois de comprar o DVD. A única lembrança boa que tinha era que pudera agarrá-lo dezenas de vezes, alegando estar assustada com as cenas sanguinolentas (e realmente, em parte, isso não era mentira), nas quais ele chegava a gargalhar com um senso de humor mórbido que é próprio dos garotos.

Talvez Tomas estivesse mal. Talvez estivesse sofrendo com as brigas conjugais dos pais, a previsível separação, talvez aquilo tudo tivesse afetado sua cabeça... E se tivesse afetado ele poderia ficar lesionado por algum tempo, talvez anos... Mas ela esperaria (no momento achou que esperaria). Entretanto, talvez ainda houvesse chances para que ele saísse bem. Uma boa terapia durante seis meses e ele estaria tinindo... Poderia ser o namorado que ela sempre quisera, com seu jeito meio introvertido e — ao mesmo tempo — debochado de ser.

Decidida, a garota loira moveu-se rapidamente até a sala, apanhando a espingarda do pai de Tomas que estava pendurada na parede, numa altura que ela julgou ser suficiente para que as mãos de uma menininha pequena não pudessem alcançá-la e sem querer mandar um tiro na própria cabeça... Mas não havia mais menininha alguma e nem o pai de Tomas ia caçar. Depois do acidente com a filha mais nova. Tomas a contara com muito custo. Chorara durante todo o relato, agarrando-se aos seus joelhos como um menininho pequeno agarra-se na sua mãe, implorando para que ela o deixe faltar o primeiro dia de aula na escola nova, que é o dia em que ele vai ser considerado a “aberração”, o mutante que todos vão querer tocar pra ver se é de verdade...

Surpresa, percebeu que a arma estava carregada. Não que pretendesse atirar em seu Tomas, mas... e se ele ficasse violento? E se não quisesse escutá-la? Precisava ter uma forma de defesa contra todos aqueles músculos.

Mas não pretendia atirar.

Muitas coisas são pensadas só no momento...

Essa é a realidade.


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O Canto da Lua Cheia - Parte III de Sara J. Treze é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
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