segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Canto da Lua Cheia - Parte I

Minha primeira história publicada no blog.
Espero que gostem.



O Canto da Lua Cheia

Parte I

Sabe, ninguém nunca me disse que ia ser difícil. Ninguém nunca teve a capacidade de bater no meu ombro e falar: “Cara, tu tá fodido, por que essa porra é difícil pra caralho”. Obviamente não haveria necessidade do vocabulário esdrúxulo para que eu compreendesse, mas como essa era a forma que os amigos do meu irmão costumavam usar para falar, imaginei que se eles tivessem tido a capacidade de me dizer como é que era A Coisa, seria mais ou menos assim que diriam. Bom, mas a questão é que ninguém me disse nada.
E eu não duvidava nem um pouco de como estava (tremendamente) fodido.
***
Sentei no telhado de casa e contemplei a noite brilhante, a briga dos meus pais servindo de trilha sonora para a visão de meteoros — tão brilhantes que chegavam a cegar — entrando na nossa atmosfera. Como eu gostaria de um pouco de paz. Pelo menos uma vez na vida, seria pedir demais?
— Tomas? — ouvi a voz do meu irmão chamar logo abaixo de mim. Ergui um pouco mais o pescoço para poder vê-lo entrar na varando do meu quarto e ele fitou-me com aquela cara de marginal com que eu jamais me habituaria. — Desce daí, pirralho, vamos sair com o Pedro e o pessoal.
— Não tô com vontade de sair hoje — retruquei me afastando um pouco mais da borda do telhado: afinal de contas, do jeito que Jonas era maluco podia muito bem me puxar dali e eu não queria nenhum osso quebrado aquela noite.
— Quer o quê, então? Ficar ouvindo as brigas conjugais dos nossos pais? — ele questionou sarcasticamente, mas pude sentir que havia um toque de amargura e infelicidade em sua voz. Não demonstrei saber disso.
— Só quero ficar no meu canto, Jon. E se o Pedro começar a dar ataque de mulherzinha histérica... — comecei quando ele ameaçou abrir a boca — diz pra ele me comprar uma aliança se quer exclusividade, sacou?
Meu irmão e eu rimos durante um longo período, e certamente pelo mesmo motivo: a cara fina e repleta de espinhas de Pedro Welling passando do vermelho para o azul-celeste de tanta raiva por causa do comentário. Um dia eu ia gravar os ataques que aquele cara tinha. Eram realmente cômicos.
— Tá certo, Tom. Eu vou nessa, mano, te cuida. Ah, e vê se pára de comprar essas revistinhas pornôs de R$1, 90. — Ele balançou uma revista de vinte páginas com uma japonesa vestida de estudante safada na capa — Um pouco de vida real faz bem pra saúde, irmãozinho...
— Jon? Vai à merda, sim?
— Ok, ok. Só pensei que...
— Já não é hora de você ir?
— Nossa, você ficou mesmo mal-humorado. Vou logo antes que me contagie com sua falta de senso de humor.
Se ele não caísse fora em dez segundos eu ia mostrar que não havia tornado-me campeão de boxe categoria peso leve à toa. Mas ele saiu e eu tornei a ficar sozinho com as estrelas. A briga (feia) dos meus pais silenciara, por enquanto. No entanto, eu sabia que não demoraria a recomeçar. Tirei um exemplar de alguma imitação tosca da Playboy do bolso de minha bermuda jeans e coloquei os fones de ouvido do meu MP3 cheio de rock.
Fazer o quê, não é?
A vida estava uma droga e eu tentava evitá-la sentado no telhado com fotos de loiras peitudas e Black Sabbath gritando o refrão de “Iron Man”, fazendo-o ecoar pelo meu cérebro.
Até que ela chegou e a vida virou mais que uma droga. Foi exatamente aí que começou a parte do fodido.
Vou contar pra você...
***
Todo mundo chamava-a de Mia, mesmo que o nome dela fosse Melinda e eu não achasse que “Mia” era o apelido certo para esse nome. Era uma garota baixinha, com cabelos loiros e sorriso inocente. Eu não conseguia tirar os olhos dela quando se apresentou na frente da turma, corada, hesitante. Tão meiga e frágil. Sentou-se ao lado de Erik Vandern, o cara mais babaca de todo o colégio. Ele até tento passar uma cantada nela, mas Mia gaguejou algo sobre partículas subatômicas (não estou brincando com você) e ele parou, encarando o quadro-negro à sua frente (pela primeira vez no semestre: milagres acontecem, ó Deus!), atordoado. Desde aquele segundo, eu decidi que precisava daquela garota.
Mas não seria nem um pouco fácil.
***
Quando me aproximei pela primeira vez, ela me encarou com desconfiança, a princípio. Depois olhou para os lado e questionou apontando para si mesma se era com ela que eu estava falando.
— Com quem mais seria? — perguntei, e para o meu deleite, ela corou.
— E-eu não sei. Um cara como você falando comigo...
“Um cara como você”, que merda aquilo significava? Que ela estava lisonjeada? Olhei para a porta de vidro espelhado da sala de Biologia e tentei descobrir em menos de quinze segundos o que ela queria dizer com “Um cara como você”.
Cabelos pretos na altura dos ombros e lisos (sem franja, eu não queria ser considerado emo), olhos cinzentos, pele sem cor nenhuma e lábios grossos demais para um garoto. Pelo amor de deus, eu parecia um perturbado que resolveu bancar o vampiro da saga Crepúsculo. Bom, Mia parecia gostar, então...
— Você é nova, então, sei lá, pensei que podia te mostrar a escola. — Falei normalmente dando de ombros, tentando aparentar não estar animado demais com a ideia de andar com ela pelos corredores do bom e velho Colégio Amélia Sanders.
Ela continuou a fitar-me envergonhada e pressionou um pouco mais os livros contra os seios, uma atitude tão feminina e delicada que eu quase desmontei de vergonha: eu era um cara de 1,95 de altura, definido, pálido (rá, acho que “pálido” é bondade, eu estava mais para “albino”), sinistro e introvertido, cujos passatempos preferidos — segundo o pensamento popular de quase todos os alunos do colégio — aparentavam ser a auto-mutilação e chorar em algum canto do quarto por ser “tão estranho e incompreendido”. E, bem, eu estava, descaradamente cantando aquela menina tão pequena e bonita que parecia que ia se quebrar se eu estendesse minha mão grande e coberta de calos para afastar uma mecha de cabelo que caía insistentemente sobre a sua bochecha rosada.
— Bom... — começou e pensei realmente que ela fosse me dar um fora como fez com Erik, começar a falar do sistema que a NASA usava nas suas espaçonaves ou coisa parecida, mas ela sussurrou simplesmente: — Por que não? Eu sou a Melinda, Mia se quiser.
— Mia... — repeti e o nome soou-me bem.
— E você?
— Eu o quê? — “Eu sou um imbecil”, pensei internamente meio segundo depois de falar aquilo.
— Como se chama, bobinho?
— Ah... Tomas.
— Tomas... — foi impressão minha ou ela disse meu nome do mesmo jeito que eu falei o dela?
— Vamos então? — ofereci meu braço a ela como se estivéssemos em uma novela de cavalaria do século XVII, mas ela aceitou-o, contrariando qualquer atitude humana típica de estranhar e chamar-me de maluco. — Você vai gostar daqui, é bem tranquilo... Os campos são lugares lindos pra se admirar...
Pode ter sido impressão (eu sei que foi impressão), porém juro que escutei-a murmurar muito baixo mesmo algo como “prefiro admirar outras coisas”. Deixei passar e conduzi-a pelos corredores do velho Amélia.
***
E em uma visita à minha casa para concluir um trabalho de filosofia atrasado, Mia acabou deixando que eu a levasse para um passeio no meio da plantação de trigo. A sensação de andar de mãos dadas com ela era incrível.
— Você tinha razão... — ela acabou comentando olhando ao redor.
— Sobre o quê?
— Ai, Tom, você é muito esquecido — ela deu um tapinha leve na lateral da minha cabeça (tendo de esticar-se ao extremo para fazê-lo devido nossa diferença abismal de altura) — Quando eu cheguei no colégio você falou que os campos daqui eram muito bonitos. — Isso acontecera há cinco meses — São mesmo e muito.
— Eu gosto daqui — e afastei um pé de trigo para que passássemos para o fim da plantação e chegássemos em um tronco grande e velho que caíra ali há pelo menos vinte anos. — É meu lugar preferido. Depois dele vem o telhado da minha casa, que é onde eu geralmente fico quando não posso fugir pra cá.
— Seus pais? — questionou parecendo triste. Acariciou meu cabelo quando sentamos e eu deitei a cabeça em seu colo, cruzando as mãos na barriga.
— Pois é. O velho tá bebendo cada vez mais. Um dia desses acho que vou ter que interromper a briga antes que ele arrebente a minha mãe. Por enquanto eles só gritam desaforos, mas quem sabe amanhã...
— Dependendo do tipo de palavra, elas também podem arrebentar algo. Só que dentro de nós.
Olhei pra ela, impressionado. Esses lampejos filosóficos nunca me pareceram naturais e só agora eu reparava que talvez ela tivesse passado por situação semelhante. Mas resolvi calar a boca e apenas aproveitar os carinhos depositados na minha cabeça. Ela tinha dedos quentes e macios.
— Eu te amo, sabia? — Falei sentando de repente e assim ficando cara a cara com ela. Mia inclinava a cabeça para trás para encarar-me e eu fazia o contrário, voltando meu rosto para baixo. Como seus olhos castanhos reluziam de medo por trás dos óculos de aro cor-de-rosa... Jamais vou esquecer daquele momento.
— A-a-a-a-ama? — gaguejou sem jeito.
— É.
E, provavelmente, eu devia ter aproveitado a deixa como um bom galã de filme de comédia romântico e dado um beijo nela bem naquela hora. Só que, infelizmente, eu havia faltado a aula de “como roubar um beijo da menina por quem você tem os quatro pneus (e o estepe) arriados completamente”, portanto não fiz nada.
Uma palavra: Besta.
— Bom... Eu... Olha só... Você é meu amigo... — ela atrapalhava-se com as palavras e eu senti que esse era outro bom motivo para beijá-la e achei que devia mandar o fato de ter faltado a aula ir se danar, pois os lábios dela imploravam pra que eu cobrisse-os com os meus e sentisse o gosto da boca dela. Coisa que eu não fiz (pela segunda vez).
Duas palavras: Besta quadrada.
— Por que as mulheres sempre usam a amizade como desculpa pra dar o fora em um cara?! — eu acabei me descontrolando e levantei furioso, socando uma árvore próxima, sem ter noção de que se quebrasse o maldito punho não poderia participar da próxima luta de boxe, que ocorreria dali um mês.
— Não! Olha, Tom, você é um cara legal e...
E estranho e feio e não chego nem aos seus pés e por isso você vai me mandar pastar já que pode arranjar coisa melhor...
A mão dela acertou o meu rosto, vinda de lugar totalmente desconhecido. Na verdade, só tomei consciência do primeiro tapa quando veio o segundo e senti o rosto dolorido. Encarei-a estupefato e, numa atitude estupidamente melodramática eu a empurrei contra a árvore que socara, acreditando (asno) ser aquele o momento perfeito para o beijo romântico entre nós dois. Por alguns segundos, prensada fortemente pelo meu corpo contra a árvore, Mia agarrou meus cabelos e correspondeu ao ataque inesperado. Beijava-me desajeitada, exatamente como eu, que tinha de me curvar para alcançar seus lábios.
Mas alegria de pobre dura pouco.
Ela me empurrou, deu um terceiro tapa na minha cara e saiu gritando que eu era um cretino.
Posso considerar isso um sinal de que evolui para besta ao cubo?
Acredito que sim.
***
Estava brincando de acertar o canivete na foto do Osama Binladem presa em um alvo, quando meu irmão entrou no quarto. Não o encarei ou falei nada.
— Mamãe falou que você não come faz três dias. — Ele disse suavemente, deixando de ser, por um minuto, meu irmão babaca que parecia viver só para me perturbar.
Permaneci em silêncio. O canivete estava cravado no meio da testa furada de Osama e eu levantei para pegá-lo. No caminho, Jonas agarrou meu punho sem brutalidade, mas firmemente, o suficiente para chamar-me a atenção.
— O seu ritual de passagem é na sexta e você fica aí agindo feito uma garotinha que foi rejeitada e perdeu a vontade de viver.
— Ah, qual foi? Vê se me deixa em paz! — resmunguei soltando-me com facilidade e apanhando o canivete. Joguei-me de costas na cama mais uma vez e tornei a atirá-lo. Com um tuc seco a lâmina cravou-se no olho esquerdo de Osaminha.
— Tom... — Jon sentou na cama. Cara, ele sabe ser um porre — Eu me preocupo com você.
Lancei-lhe um olhar de “certo, se eu fingir que acredito você cai fora e me deixa aqui brincando com o canivete feito um maníaco com distúrbios mentais?”. Meu irmão limitou-se a balançar a cabeça. Pois é, o olhar não tinha dado certo.
— Você e eu... Nós dois somos iguais. Eu amo você por isso, cara.
— Que nojo, Jon.
Ele deu-me um soco fraco no ombro e sorriu.
— Não conte isso pra ninguém, babaca. — E depois suspirou e voltou a ficar sério. — Tom, você não pode continuar assim, cara. Precisa tocar sua vida pra frente, saca?
— Mas eu gosto da Mia! E ela me chutou! — “Na verdade, bateu”, corrigi a mim mesmo mentalmente.
— Escute seu irmão que leva jeito com as mulheres: — pela primeira vez eu quis ouvir um conselho do Jon. Cacete, devo estar muito desesperado mesmo — As mulheres são todas umas doidas, cara. Mas como diz o ditado: “Ruim com elas, muito pior sem elas”...
— Dá pra pular essa introdução e ir logo pra parte que me ajuda a recuperar a vontade de viver e a conquistar a garota dos meus sonhos?
— Tom, meu irmão, não desista. Prove que você é um homem de verdade e corra atrás dessa mulher. Mesmo que ela te bata e te chute, vá atrás dela e se for necessário, arraste-se...
— Que maravilha, cara! Agora só me explica onde foi parar meu amor-próprio?
Que delícia! Será que eu havia evoluído para um estado de bestitude altamente elevado? Tipo, quem sabe agora eu fosse O Senhor das Bestas, ou coisa parecida...
— “Amor-próprio”? Se você tivesse um pouquinho que fosse desse tipo de coisa teria cortado essa porra de cabelo há muito tempo...
— Tá, tá. Voltando ao assunto: Eu preciso bancar o capacho pra ela gostar de mim?
— Não! Tom, o que eu quis dizer é que você precisa...
O som de alguma coisa espatifando-se no andar de baixo interrompeu nossa conversa e em poucos segundos descíamos a escada de madeira barulhentamente, os pés acertando os degraus com tanta força que eles estalavam e pensei que fossem arrebentar e seríamos jogados com tudo no chão e nos quebraríamos em várias partes como... o vaso de porcelana da vovó.
Nossa mãe encontrava-se estirada no chão, o cabelo castanho-escuro jogado pelo rosto e um pouco de sangue escorrendo do couro cabeludo. Havia pedaços do que um dia fora o vaso de porcelana azul da vovó, caídos em torno de sua cabeça. De pé próximo a ela nosso pai ofegava, a barba comprida e cinzenta molhada. Círculos de suor estavam marcados nos braços de sua camisa branca manchada e ele passou a mão na cabeça com indícios de calvície quando avistou nós dois estáticos no corredor que dava para a sala de jantar.
— A culpa foi dela! — berrou apontando para a figura feminina semelhante a uma boneca de pano surrada — uma boneca que talvez não tornasse a levantar. — A culpa foi toda dela!
E saiu coxeando para o lado oposto ao nosso, atravessando a cozinha e saindo para o lado de fora da casa pela área.
— Filho da... — Jon começou a mover-se e eu pude sentir sua energia vibrando, pude sentir os pelos de seu braço arrepiados e a vontade que ele tinha de enfiar os dentes na carne daquele maldito até fazê-lo gritar, porém mesmo assim eu o segurei. Movimento automático. Eu sabia o que fazia.
— Não — sussurrou uma voz que não era minha que, entretanto saía da minha boca. — Não ainda.
— Então quando? — e quem retrucou ferozmente também não foi Jon. Foi algo muito mais sombrio que ele, uma criatura que morava dentro de seu ser e que só se revelava nas noites de Lua Cheia, quando a canção proibida era tocada e ela podia bailar livremente pelos campos atrás de um par perfeito. Um par que, quem sabe, talvez aceitasse um arranhão ou dois... E se não aceitasse, tudo bem: ela mostraria que um arranhão ou dois não eram nada...
— Na sexta. — E a criatura que morava em mim sorriu. — Agora — o bom e velho Tom estava retornando pouco a pouco, e o bom e velho Tom não gostava do cabelo caindo na cara, por isso o tirou de frente dela e cutucou o irmão levemente — me ajude com isso.
Levantamos mamãe c0m delicadeza com protestos de sua parte (estava viva, graças aos céus) e eu consegui apanhá-la no colo, murmurando que ela ficaria bem. Enquanto Jon ia ligar para o médico, segurei a mão dela e falei que íamos fazê-lo pagar.
Oh, sim, nós íamos...
E o preço seria caro.
Naquele momento, até o problema com Mia pareceu infinitamente pequeno. Mas eu não o esquecera, todavia.



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O Canto da Lua Cheia - Parte I de Sara J. Treze é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
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2 comentários:

  1. nossa, amei esse texto. sério, você tem muito talento. a princípio tinha vindo aqui para gradecer o comentário no meu blog, mas aí li esse texto, e realmente, muito bom. amei o fato de você ter escrito no ponto de vista de um garoto. é diferente, são sempre garotas. e ficou muito bom. parabéns mesmo.

    sobre o meu texto lá no meu blog, talvez eu escreva uma história mesmo. pra expressar. é uma ótima forma, brigada pela sujestão (:

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  2. Nossa, o primeiro comentário do meu blog: isso com toda certeza vai pro meu diário. ^^'
    Valeu pelo comments Valentina, eu já estava começando a entrar em depressão (?!) com toda essa solidão e silêncio no meu pobre blog...

    Eu gosto de variar os narradores das minhas histórias, mas nos casos sobrenaturais prefiro usar de individuos masculinos. O mundo literárito já tem protagonistas mulheres pra dar e vender (e como vendem...). Só pra citar os básicos, tem Twilight, House of Night, True Blood... O que essas pessoas de hoje em dia têm contra homens narrando?!

    Enfim, valeu MESMO pelo comments. E escreva sim a história, você tem muito talento para expressar o que está sentido nesse momento.

    Sara

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